Sobre a paz

19:37



Seus brios nos quadris.
Há uma marcha em curso que só se detém no instante profundo do meu quebra-mar...
Estamos tecendo a paz, como se ela pudesse nos salvar dessa dor fina no pé da barriga ou das malas feitas e dos feitos ofendidos dos seus pés por outros percursos.
Não somos mais que as mesmas bocas beligerantes de minutos atrás, acima do tom da civilidade pastel da parede da sala.
Um armistício a tempo de jantarmos amenidades e acordar cedo para as obrigações.
Estamos tranquilos e gratos, porque pacificados pela doce continuidade das coisas.
Nossos pés conversam a reinscrição dos nossos corpos no rol das propriedades privativas um do outro. Poderíamos jurar que a tudo mais entregaríamos à penhora por não haver no mundo o que pudesse nos suplementar.
A cola mágica do suor probatório do seu peito contra as minhas costas receptivas.
Vamos dormir a trégua, toda uma vez mais.

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