Madrugada

14:29





A madrugada afogou as inconveniências das vozes na letargia do sono. Mas sobraram as palavras, que subiram à superfície no calor das ausências. Estão agora passeando na poeira dos móveis, ocupando o silêncio, abaixando o volume das insônias e exilando os humanos nos poucos redutos em que se resiste a dormir.
Eu sou do partido das palavras e sigo seus rastros madrugada a dentro. E só assim sei ser calada: quando elas falam por si, inteiras e amantes, contando ficções à minha imaginação.

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